Um dos locais alvo da operação foi uma empresa de telecomunicações (Foto: PCPE/Divulgação)
Na manhã desta quarta-feira, 6 de novembro, a Polícia
Civil de Pernambuco (PCPE) deflagrou a Operação Argos para
desarticular uma organização criminosa suspeita de realizar fraudes
mediante adulteração de boletos bancários e lavagem de dinheiro na
Região Metropolitana do Recife. Com a operação, a Justiça bloqueou mais de R$
5,8 milhões em ativos financeiros do grupo, que atuava especialmente nas
cidades de Recife, Olinda e Paulista.
Mandados e Bloqueio de Bens
Na ação, a Polícia Civil cumpriu dois mandados de prisão
e oito mandados de busca e apreensão em residências e locais associados
aos suspeitos. Além disso, a Justiça determinou a indisponibilidade de bens
móveis e imóveis dos envolvidos, além do bloqueio de ativos financeiros.
Um dos alvos da operação foi uma empresa de telecomunicações, suspeita de
envolvimento no esquema criminoso.
Apreensões e Perícia
Durante a operação, os agentes apreenderam uma grande
quantia em dinheiro em espécie, além de celulares e computadores
que, segundo a corporação, eram usados na execução dos crimes. Todo o material
recolhido foi encaminhado ao Departamento de Repressão aos Crimes
Patrimoniais (Depatri), no Recife, onde passará por perícia para coleta de
provas e aprofundamento das investigações.
O Nome e o Esquema
A operação recebeu o nome Argos, em referência ao
sistema que os suspeitos teriam adulterado para realizar fraudes em boletos
bancários. A investigação, que começou em julho de 2022, revelou que a
organização criminosa utilizava métodos sofisticados para manipular o sistema
de geração de boletos, desviando valores em benefício próprio.
Equipe de Investigação e Execução
A operação foi coordenada pela Diretoria Integrada
Especializada (Diresp), sob a liderança das delegadas Viviane Santa
Cruz, Stephanie Almeida e Lígia Cardoso, respectivamente titular e adjuntas
da Delegacia de Polícia de Repressão ao Estelionato. No total, 60
policiais civis, incluindo delegados, agentes e escrivães, participaram da
execução dos mandados.
Conclusão
A Operação Argos representa um avanço significativo
no combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro na Região Metropolitana
do Recife. Com a apreensão de materiais eletrônicos e a indisponibilidade de
recursos financeiros e bens, a Polícia Civil busca desarticular totalmente a
estrutura financeira da organização criminosa.