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Grande Recife

Publicada em 15/02/25 às 21:47h - 836 visualizações
Planejamento Minucioso e Confronto Policial: Assalto ao Ceasa expõe rede criminosa no Recife
Operação da Polícia Civil desarticula parte de grupo acusado de roubo milionário, mas decisão judicial gera polêmica após soltura de suspeitos.

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 (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Desde o início de janeiro, uma casa na Rua Rocha Pombo, no bairro da Estância, na Zona Oeste do Recife, tornou-se o ponto de encontro de um grupo criminoso acusado de planejar o assalto ao Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa). Liderado por um empresário e composto por homens com histórico de crimes, o grupo foi monitorado pela Polícia Civil, que conseguiu impedir a continuidade do ataque após uma ação policial que resultou em uma morte e várias prisões.


A preparação: reuniões e rotinas suspeitas

A investigação começou com a presença de José Roberto Arcino dos Santos, de 49 anos, um ex-presidiário conhecido por envolvimento em roubos de cargas. Ele era visto chegando à casa suspeita em um Renault Kwid, sempre escoltado por Euris Cosme dos Santos, que, segundo a polícia, era responsável por mapear o Ceasa.


Outros membros foram identificados ao longo de quatro semanas de monitoramento. Entre eles, Jailson Rodrigues de Melo, o "Giju", condenado por homicídio e com mais de 30 anos de prisão no histórico, além de Pedro Henrique Alves de Santana, flagrado carregando sacolas suspeitas, possivelmente com armas de fogo.


O grupo seguia uma rotina precisa: após as reuniões, utilizavam diferentes veículos para observar a movimentação no Ceasa, sempre retornando ao mesmo ponto de partida. A liderança era atribuída a José Éder de Lima Alves, empresário residente na Avenida Boa Viagem, descrito pela polícia como "quem parecia ter o controle da situação".


O assalto: execução e confronto armado

Na segunda-feira, 10 de fevereiro, por volta das 15h, o grupo colocou seu plano em prática. Cinco integrantes, mascarados, armados e em um Renault Kwid, abordaram um funcionário no interior do Ceasa, que transportava R$ 500 mil para depósito em um banco. Após roubar o montante, os assaltantes tentaram fugir, mas foram surpreendidos pela polícia, que já os monitorava.


A abordagem ocorreu na Rua Coronel Fernando Machado, onde, segundo o relatório, houve troca de tiros. Durante o confronto, José Roberto foi morto. Outros membros do grupo conseguiram fugir, alguns a pé e outros em veículos, como um Volkswagen Polo usado na fuga pela contramão.


A perseguição e os desdobramentos

Em meio à fuga, os assaltantes roubaram o carro de um homem que estava no Hospital da Mulher, na Estância. A vítima, que visitava sua esposa e filha recém-nascida, relatou ter sido abordada por três homens armados que fugiram com seu veículo.


Paralelamente, outra equipe policial invadiu a casa na Rua Rocha Pombo, onde prendeu Éder de Lima Alves, Lucas Bento Barros, e Luiz Carlos, que confessou ter cedido o imóvel para as reuniões. Pedro Henrique foi preso no dia seguinte, enquanto Jailson Rodrigues e Jailson Faustino da Silva, o "Mago Sinha", permanecem foragidos.


Decisão judicial e controvérsias

Apesar das prisões, o caso tomou outro rumo quando, na quinta-feira (13), a Justiça decidiu relaxar as detenções. A juíza Blanche Maymone Pontes Matos, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), entendeu que faltavam provas suficientes para vincular os suspeitos diretamente ao crime, além de considerar que as armas apreendidas não estavam no local do flagrante.


A soltura gerou críticas, com debates sobre a eficácia da operação e a complexidade em produzir provas conclusivas em casos de organizações criminosas.


Impacto e reflexões sobre a segurança pública

O caso expõe a sofisticação de algumas redes criminosas, com planejamento detalhado e uso de veículos clonados, além de revelar a dificuldade das autoridades em transformar monitoramentos em provas incontestáveis.


Para os moradores do Recife, o episódio reforça a sensação de insegurança, especialmente em áreas movimentadas como o Ceasa. Já para as autoridades, o desafio continua: garantir que ações preventivas e repressivas sejam eficazes, sem deixar margem para questionamentos judiciais.


A sociedade agora aguarda os próximos passos das investigações e a captura dos dois foragidos, enquanto questiona se o sistema de justiça e segurança pública está preparado para lidar com grupos organizados dessa magnitude.




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