
(Foto: Divulgação/PCPE)
A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) prendeu, na
última segunda-feira (14), um homem de 51 anos, suspeito de
aplicar golpes há pelo menos 10 anos em diversas cidades do Grande
Recife. Ele se apresentava como funcionário da Receita Federal e
prometia às vítimas a venda de produtos supostamente apreendidos em leilões
oficiais.
A prisão foi confirmada em coletiva de imprensa realizada
na quarta-feira (16), na sede da corporação, no bairro de Santo Amaro, no Centro
do Recife. Na operação, foram cumpridos dois mandados de prisão
expedidos contra o suspeito.
Como funcionava o golpe
Segundo a investigação, o criminoso alegava trabalhar na
Receita Federal, em Suape, no litoral sul do estado, e oferecia
bens que teriam sido apreendidos e colocados à venda por valores abaixo do
mercado. Entre os produtos ofertados estariam celulares, televisores e
instrumentos musicais.
Para garantir o "negócio", o golpista solicitava
um pagamento antecipado, geralmente via PIX. Em pelo menos um dos
casos, ele recebeu R$ 20 mil de uma única vítima.
Apesar de utilizar o próprio nome nas abordagens, ele
raramente usava suas contas bancárias pessoais para receber os valores.
Ainda assim, em algumas ocasiões, forneceu sua própria chave PIX, o que
contribuiu para o rastreamento pela polícia.
Mínimo de 17 vítimas identificadas
Até o momento, a Polícia Civil contabilizou 17 Boletins
de Ocorrência registrados com as mesmas características do golpe,
mas o número de vítimas pode ser ainda maior.
O homem morava no bairro de Candeias, em Jaboatão
dos Guararapes, e tinha um histórico de crimes semelhantes. Ele já havia
sido preso por furto, apropriação indébita e estelionato.
Além disso, respondia a quatro processos criminais e um processo
cível.
Suspeito estava foragido da Justiça
De acordo com a delegada adjunta da Delegacia de Boa
Viagem, Millene Dinara, o suspeito estava foragido, o que
dificultava a sua citação nos processos em curso. Diante disso, um novo mandado
de prisão foi expedido.
“Ele estava foragido, então a Justiça não conseguia
encontrá-lo para citá-lo. Por isso, foi decretado um novo mandado”,
explicou a delegada.
Polícia faz alerta para novos casos
A PCPE aproveitou a divulgação da prisão para
reforçar o alerta à população quanto a possíveis golpes semelhantes. O
delegado Mário Melo, também da Delegacia de Boa Viagem, destacou:
“É importante que ninguém realize pagamentos ou
transferências via PIX antes de verificar a veracidade da oferta. Infelizmente,
muitas pessoas caem por confiar na aparência de autoridade que os golpistas
tentam passar.”