
(Foto: Reprodução/ Google fotos)
Um caso de violência em ambiente escolar chocou a comunidade
de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, na última quarta-feira
(2), data em que se celebra o Dia Mundial de Conscientização sobre o
Autismo. Uma aluna de 12 anos, diagnosticada com Transtorno do
Espectro Autista (TEA), foi agredida por colegas dentro da Escola
Estadual Coronel José Pinto de Abreu.
A denúncia foi feita pela mãe da vítima, que registrou um
boletim de ocorrência na Delegacia de Goiana, relatando que a filha
precisou de atendimento médico de urgência após o ataque.
Estudante perdeu a consciência e precisou ficar em
observação
Testemunhas informaram que, após as agressões, a menina
chegou a perder a consciência e foi levada com urgência à Unidade
Traumatológica do Hospital Belarmino Correia. Exames médicos constataram contusões
no rosto, escoriações e ferimentos causados pelas pancadas na
cabeça.
A vítima ficou em observação médica, devido à
gravidade dos traumas sofridos, o que levantou preocupação sobre a conduta da
escola no acolhimento e proteção de estudantes com necessidades especiais.
Secretaria de Educação se posiciona e GRE acompanha o
caso
Por meio de nota oficial, a Secretaria de Educação e
Esportes de Pernambuco (SEE) informou que enviou uma equipe da Gerência
Regional de Educação (GRE) Mata Norte à escola para realizar uma escuta com
os estudantes e os familiares envolvidos.
A pasta esclareceu que o episódio ocorreu durante o
intervalo e que quatro alunas estiveram envolvidas no conflito. Segundo
a SEE, a gestão da escola interveio prontamente, adotou medidas
cabíveis, acionou o Conselho Tutelar e a Patrulha Escolar, conforme
prevê o protocolo institucional para situações de agressão escolar.
Vítima é atendida pelo AEE, mas escola não tinha laudo de
TEA
A SEE também explicou que, de acordo com os registros
escolares, a aluna é acompanhada pelo Atendimento Educacional Especializado
(AEE) devido a um quadro de Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH) e Déficit Cognitivo. No entanto, não foi
apresentado à escola um laudo clínico formal que comprove o diagnóstico de
Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“O AEE, em articulação com a família, está mapeando quais
cuidados clínicos a estudante recebe, a fim de promover sua reorganização
mental e seu retorno à escola de forma segura”, informou a Secretaria.
A nota também ressalta que o AEE atua em conjunto com os
professores da escola na criação de estratégias pedagógicas para evitar
prejuízos no processo de aprendizagem da estudante.
Escola reforça compromisso com cultura de paz
A Secretaria de Educação finalizou a nota destacando que a
escola desenvolve, em sua proposta pedagógica, ações voltadas à cultura de
paz, com o objetivo de construir um ambiente de respeito e acolhimento para
toda a comunidade escolar.
“Estamos à disposição das autoridades para esclarecimentos e
reforçamos nosso compromisso com a promoção de um ambiente escolar seguro e
inclusivo para todos”, diz o comunicado.