
Galactosemia impede o bebê de ingerir o açúcar do leite corretamente (Foto: Governo de Pernambuco/Divulgação)
A partir deste mês de abril, os recém-nascidos em Pernambuco
passam a contar com mais um importante reforço no tradicional teste do
pezinho. O exame agora inclui a detecção da galactosemia, uma doença
rara e hereditária, mas potencialmente grave, que impede o corpo de
metabolizar corretamente a galactose, açúcar presente no leite materno e
em derivados.
A medida foi anunciada pelo Laboratório Central de Saúde
Pública de Pernambuco (Lacen-PE) e representa um avanço significativo na triagem
neonatal do estado, garantindo diagnóstico precoce e tratamento imediato
nos primeiros dias de vida do bebê.
Doença pode causar complicações graves se não tratada
A galactosemia é uma condição metabólica
hereditária que, quando não identificada e tratada precocemente, pode
acarretar problemas graves de saúde. Entre as possíveis complicações
estão câncer de fígado, catarata, dificuldades no
desenvolvimento físico e neurológico e até risco de morte.
Com o novo exame, será possível interromper o consumo de
leite e adotar uma dieta específica desde os primeiros dias de vida,
prevenindo as consequências mais severas da doença.
Lacen-PE amplia cobertura da triagem neonatal
A partir de agora, os exames para galactosemia passam a
integrar o escopo regular das análises realizadas pelo Lacen-PE, como parte
das ações de vigilância laboratorial neonatal do estado. O teste é feito
de forma simples, junto com os demais exames já realizados no teste do pezinho.
“Esse é um avanço importante para a saúde pública e famílias
pernambucanas. Sem o tratamento adequado, essa doença pode causar problemas
graves, como câncer no fígado, catarata e dificuldade no desenvolvimento”,
afirmou Keilla Paz, diretora do Lacen-PE.
Diagnóstico precoce pode salvar vidas
A galactosemia clássica, a forma mais grave da doença, tem
uma incidência estimada entre 1 a cada 30 mil a 60 mil nascidos vivos.
Isso significa que, embora rara, sua detecção precoce é essencial para garantir
a saúde da criança.
“Esse teste pode salvar vidas e permitir que crianças
afetadas tenham um crescimento saudável e sem sequelas neurológicas
graves. Para as mães, significa segurança, preparação e um acompanhamento
médico adequado desde o início”, completou Keilla.
Saúde pública mais fortalecida em Pernambuco
Com a nova adição ao teste do pezinho, o Governo de
Pernambuco reforça o compromisso com o fortalecimento da saúde pública
neonatal e se alinha às diretrizes do Ministério da Saúde para a ampliação
das doenças rastreadas precocemente no Brasil.
A iniciativa também representa mais um passo dentro das
políticas públicas voltadas para a redução da mortalidade infantil e
melhoria da qualidade de vida das crianças pernambucanas desde o
nascimento.